Quando ele passa,
O marujo português
Não anda, passa a bailar
Como ao sabor das marés.
E quando se ginga,
Põe tal jeito, faz tal proa
Só p'ra que se não distinga
Se é corpo humano ou canoa.
Chega a Lisboa,
Salta do barco e num salto
Vai parar à Madragoa
Ou então ao Bairro Alto.
Entra em Alfama
E faz de Alfama o convés,
Há sempre um Vasco da Gama
Num marujo português.
Quando ele passa
Com seu alcache vistoso,
Traz sempre pedras de sal
No olhar malicioso.
Põe com malícia
A sua boina maruja,
Mas se inventa uma carícia,
Não há mulher que lhe fuja.
Uma madeixa
De cabelo, descomposta,
Pode até ser a fateixa
De que uma varina gosta.
Quando ele passa
O marujo português,
Passa o mar numa ameaça
De carinhosas marés.
Miudita
terça-feira, 4 de março de 2008
Marujo Português
à(s)
05:43
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1 comentário:
Bravo Miudita, uma autêntica instalação!
Para o ano,os Doentes da Cabeça, deviam faler com a directora da Feira de Arte em Madrid (ARCO) e concorrer com este video em espaço condigno na feira na categoria de instalação, com toda a certeza era adquirida logo na inauguração.
Viva o Vasco da Gama
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