A intensa programação cultural da Patroa exigiu que fizesse uma pausa na governança da Casa e deixasse a miudita ao leme. A minha já fraca cabeça estava invadida de stills do Amor de Perdição. Comecei a ficar preocupada quando os meus diálogos na praça começaram a exceder três horas e meia. Aquela última ideia de passar o filme em câmara lenta foi a gota de água. Aliás, uma homenagem a um artista estrangeiro que fez o mesmo com o Psycho. A Patroa é culta e viajada. Como Governanta devia ser eu a mandar, a manipular, a jogar com o destino dos doentes. A minha referência foi sempre a Governanta da Rebecca, mas acabo sempre no papel da Julia Andrews a fazer palhaçadas para entreter a pequenada.
Enfim, resolvi fazer uma pausa e parti rumo ao faroeste para a quintinha da minha antiga Patroa, agora moribunda. Foi um tédio. Aos serões víamos telenovelas, de manhã apanhávamos sol, à tarde passeávamos. A única leitura da minha antiga Patroa era a TV Guia e nem leitor de DVD tinha. Duas semanas inteirinhas sem programação.
Estou de volta. Aproveitei para trazer uma lembrança para animar os serões da Casa - Eurico o Presbítero - cuja leitura em voz alta se iniciará hoje mesmo.
A Governanta
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
As férias grandes
à(s)
03:45
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3 comentários:
Com tantos comensais cultos e sempre viajados, da patroa à governanta, do coronel à miudita, eu dei comigo à procura do tempo perdido... mas cheguei à conclusão que esse tempo que se perde à procura é o tempo que mais vale. Benvinda Patroa
Ai qrida...As saudades que eu tinha da menina...Um grande bem haja por ter voltado e prometo que a vou tratar como uma verdadeira fraulein...
Até parece que aqui a miudita não deu bem conta do recado. Ai ai ai.
Miudita Ciumenta
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