sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

coisas simples da vida

A vida tem coisas simples que eu gosto:
Salvar pessoas de hecatombes ou de desastres em cadeia ou de aviões que caem ou de animais gigantescos que aparecem na cidade.
Fazer desaparecer terras ou países que só criam problemas e que andam sempre em guerra uns com os outros (se uns países podem ganhar independência porque é que outros não podem desaparecer?).
Falar com mortos, ver mortos, falar sobre mortos, contar mortos, tudo sobre mortos.
Sobreviver à vida que dá cabo de mim e me quer matar.
Rir de todos os disparates que digo.
A Patroa

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Desafio aceite!


- Gosto da coisa!

- de festas de fim de ano devidamente

- de sapatos da Fly London (de preferência estilo Minie

- das minhas melhores férias de sempre, (que não digo onde foram).
- de viajar.

- da tradição.

- de pintura e escultura.

- de música.

- de azul.

- de socializar.

- de aprender Mandarim.

- de chineses.

- de todos os animais.

- das crianças

- da Amália Rodrigues.

- de Alfama.

- de feiras alternativas.

- do mar.

- de apanhar vento nos tótós

- de dizer não.

- de receber convites.

- de falar ao telefone.

- da música daquele homem que arranja facas, tesouras e chapéus.

Mas não me peçam para dizer aquilo de que não gosto o Blogue não está preparado para tal coisa.

Bébé Lili

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

E para algo completamente diferente...

As coisas que nós gostamos da casa, para além do Lopes Graça e do Saramago:


- as mensagens sobre a Coisa;

- a linguagem gestual;

- a vida sexual de quem já não está entre nós;

- o Benfica-Sporting;

- as ameijoas sujas;

- as festas não temáticas;

- os nómadas;

- as pessoas que aparecem;

- as telenovelas (excepto o último episódio).


Ora, está lançado o desafio.

A Fiel Governanta

Coisas que não mudam...

O folcore muda, o défice muda, as cores dos cabelos mudam, as estações mudam, nós mudamos (um bocadinho de vez em quando).

A Coisa não muda. Talvez nos tempos dos dinossauros não houvesse bacalhau. Pois, não sei. Não era eu que fazia as compras.

Há pequeninas mudanças, mas a essência da Coisa não muda. E lá fui eu abastecer a Casa, cada ano mais exigente. Vestir-me de Coiso para a Bébé Lili. Como diria a minha boa Senhora - e tudo e tudo.

Pois agora - como costumamos fazer quando finda a Coisa - rumaremos para paragens exóticas e alguém há-de assumir a tarefa árdua da governança. Ou não, o que não faz mal nenhum a este mundo em constante devir.

A Governanta

Coisas que mudam

Minhas kidas amigas serviçais, mana Bébé, Coronel e Homem do Pão.
Tenho tido tantas saudades vossas.
A única coisa que me ocorre dizer neste momento, acabei de ouvir na televisão, que sou eremita mas vejo RTP Internacional:
"O folclore está sempre a mudar."
Essa é que é essa. A senhora sabe o que diz.
A vossa patroa

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Entre os buracos e as quotas de maruca


Cá o Homem do Pão, o tal que não diz coisa com coiso, andou muito atarefado com fornecimento de tanto pão às cimeiras e só agora arranjou um intervalinho para, depois da inauguração de mais um buraquinho, vos ajudar no incompreensível. Vim, ainda ontem, de mais uma festa inaugural, lá para as bandas de Santa Apolónia, que o túnel afinal abriu, dez anos depois, depois de tanta água que meteu e deixou meter no buraco das empreitadas e das burocracias do betão. Porque, esburacados o Terreiro do Paço e a Ribeira das Naus, lá se acabou o troço que prometia chegar às obras de Santa Engrácia, com o "Jamais" a conseguir entrar na placa fundacional da coisa, ao lado do Engenheiro. Resolvidos os túneis do Marquês e do Terreiro, falta apenas afinar o do Rossio e os restantes buracões financeiros dos Paços e Passos do Concelho, para que, finalmente, se possa atravessar toda a capital debaixo do chão.


Infelizmente, não me convidaram para dar pão à reunião do conselho das pescas que durou ontem até às seis e quarenta da madrugada, porque poderia levar pastelinhos de bacalhau ao ministro Jaime, o tal que, depois da maratona, nos veio garantir que, apesar do bacalhau passar a ter menos quotas, vai ser mais cá para nós, para gáudio dos merceeiros da Rua do Arsenal e facturação dos Tios Belmiro e Amorim, dos continentes, modelos e dolces vitas, amigos da ASAE e dos azelhas. Que também vamos ter mais pescada, mais carapau e mais tamboril, apenas nos lixando com a maruca, depois dos putos da Greenpeace e da Juve Leo os tentarem emparedar, mas sem perceberem que, pelo tratado consolidado, foi decretada a aplicação da Rede Natura às fossas submarinas. Pois. O multilateral comunitário pode ser driblado pelo bilateral luso-norueguês, até porque já pescávamos o fiel amigo na Terra Nova antes de ter surgido o Canadá, assim se confirmando o nosso direito de primazia e coxa sobre os oceanos e as marés da república universal.


Logo, os pescadores, arrastões, armadores e mais do "fish", os tais provincianos que contestam estes acordos, sempre têm um recurso disponível: podem fazer a pirueta do "opting out" e pedirem, em referendo, a nossa saída da UE-UÉ. Pois sempre podem constituir uma Grande Armada que, invencivelmente, transporte emigrantes clandestinos de Marrocos para as praias de Espanha, com passagem pelas areias da Culatra, para que o tiro do salto possa seguir em frente.


E mais não digo, que, nisto de doentes da cabeça, nada melhor que o presente dado pelo governo aos funcionários públicos, que passam a ter direito ao subsídio de desemprego. Mas antes vão ter que começar a descontar para o dito, a partir de Janeiro, para que possam beneficiar de um direito que não tinham, dado em troca de um direito que deixaram de ter. Logo, sempre podem ir, como todos os outros, para um sítio que contratualmente não lhes era concedido: o olho da rua, que é também onde agora têm direito à fumacinha. E mais não digo das coisas deste Coiso. Já li os anteriores comentários do anónimo que, posteriormente, se identificou em alcunha...

Os Doentes desejam Feliz Coisa aos seus estimados leitores

Miudita

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Boas acções para a COISA

Agora que a miúdita está no caminho certo podemos começar a pensar em boas acções para a época da Coisa.
Ouvi dizer que existe uma organização na qual os seus membros têm de praticar alguns actos para poderem progredir de nível, tipo, para passarem para o nível 2 têm de profanar um cemitério judaico, para o nível 3 têm de matar um negro e por aí fora. Então não é uma excelente ideia para motivar as pessoas? Prémios de mérito, dentro do género, claro....
Proponho adaptarmos o mesmo sistema nesta quadra, que isto de dar prendas a todos, tem de acabar. Só recebe quem se esforça. Não se pode ficar deitado num colchão à espera dos rendimentos, como diz o Cristiano Donaldo, neto da Vóvó Donalda...
Por exemplo, quem conseguir perceber um postre ou um comentário do homem do pão recebe um ovo de chiclate com o nodi. Quem for ao supermercado e comprar todas as minhas compras durante um mês, recebe uma garrafa de espumante bruto. Quem matar um contratado da EMEL recebe um cheque da FNAC para CDs durante 6 meses, se matar um funcionário da EMEL o cheque para CDs passa a 12 meses (é porque os contratados só podem passar multas piquenas mas os funcionários já podem passar multas de 30€...ah, pois é, bébé, não sabiam? ficam a saber...e não existe diferença aparente entre eles...). Quem profanar uma árvore da Coisa ou um Coiso dos shoppings recebe bilhetes para ir à bola. Se matar o Presidente, treinador ou jogador essencial da equipa que jogar contra a minha, tem uma viagem para as Bahamas - só de ida.
Estas são apenas algumas das boas acções que se podem fazer nesta quadra mas sei que me podem surpreender e não há nada como uma boa surpresa, para receberem uma boa prendinha...
Certo?
Da patroa que é vossa amiga

Espírito da Coisa

Por Miudita

Da série: porque é que a Miudita não se importa com a Coisa

Já sei porque é que a Miudita não se importa com a Coisa.
Porque, na sua condição de Miudita, não tem que comprar presentes, tal como a Governanta, nem sequer tem que se preocupar com o frio de rachar, com os restaurantes cheios, como a Patroa. Para ela não há confusão de trânsito, não há shoppings entupidos de gente, não há restaurantes atulhados, não há filas para embrulhos... A Miudita vive na terrinha do leitinho com mel, com carrocéis de chávenas de chá, com ponéis que não cheiram mal, com flores e passarinhos. Na terra do leitinho com mel é tudo mui lindo, mui fácil, muito amor, muita paz, muita amizade.... Esta Miudita é mesmo de outro mundo.
Por Miudita (ela própria).

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Sabotadores da Coisa

«Diz não às tradições de Natal que não interessam nem ao menino Jesus. Junta-te a nós e vem lutar por um Natal diferente, sem perú nem bacalhau, sem filmes a cheirar a mofo e sem presentes iguais há dez anos.
Sim, o paraíso existe!!!»

Da Miudita (especialmente para a Patroa e a Governanta)

A vida em tempos da Coisa

A miúdita deixa-me preocupada.
No outro dia perguntou-me sobre alguém: mas também é bipolar como nós?
Agora, esta coisa do amor à Coisa, que eu desconhecia...
Afinal a miúdita é uma infiltrada?
Eu própria, depois de longos sofrimentos a renegar e a insurgir-me contra a Coisa, atravessei um período em que invocava as minhas diferentes religiões sem sucesso, passando agora a hibernar uma semana antes da Coisa assumir o seu auge.
Nesta época, a minha vida também não é fácil. Embora fechada em casa, os problemas perseguem-me. Está um frio de rachar. O trânsito está que não se pode. Não se pode ir comer a lado nenhum porque os restaurantes estão cheios. Não se pode marcar nada com ninguém porque todos estão na Coisa e vão passar a Coisa para a terra do leitinho com mel. Se precisamos de comprar uma coisita de nada, temos de enfrentar uma fila enorme de gente a comprar coisas para a Coisa que querem embrulhar em papel de Coisa. E tudo, e tudo, e tudo...
Não, minha krida miúdita, não somos nós que somos bipolares, a vida é que não nos ajuda.
A Patroa

domingo, 16 de dezembro de 2007

O Coiso não existe por culpa dos três porquinhos

Miudita

A Coisa

Eu entendo a Miudita que é novita e ainda não tem entendimento sobre a Coisa. Ela vê as estrelinhas, as luzinhas, o Coiso a distribuir prendinhas. E pensa que é verdade que a vida é tal e Coisa.

Ora, como Governanta, Presidente do Sindicato das Governantas da Região de Lisboa e Vale do Tejo, a perspectiva é outra.

No cumprimento de ordens superiores, atravessei a cidade (a pé) para encontrar a Palmeira da Coisa para alegrar a Casa.

Lentamente, a Casa enche-se de coisas da Coisa e não é o Coiso que compra as coisas. Acreditem em mim: o Coiso não existe.

Tudo para quê? Para gastar dinheiro, para andar aos encontrões com as pessoas, para receber coisas que não queremos, para ter repetidas conversas sobre como vai (e com quem vai) ser a Coisa.

Manifesto o meu repúdio contra a periodicidade da Coisa, apesar da folga que os Patrões me dão sempre.

Não quero mais camisas de dormir, nem botinhas de lã.

O Coiso inexistente que fique mais quietinho lá no seu país das Palmeiras e trate lá da casa dele. Na nossa Casa não é preciso mais nada, graças a Deus(?).

Coitadinha da Miudita, os desgostos que eu lhe dou. Mas é para o bem dela.


A Governanta

Da série: Porque é que a Miudita gosta da 'coisa'