quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Agradecendo à Patroa e à Bébé Lili, os malabarismos


A maioria das "folles du logis", assumindo os respectivos galicismos, vai rumar, logo à noite, para as bandas do Pavilhão dito do Atlântico, a fim de exibir os respectivos malabarismos. Com efeito, depois do protesto da Bébé Lili, a Patroa e a Governanta decidiram excluir o Homem do Pão desta ascensão ao trapézio.
O subscritor, com um cobertor vermelho enrolado à volta do corpo, um chá de limão autêntico com mel, obtidos na mercearia da vizinhança, apesar de protestar contra a exclusão, apenas pode desejar que se mantenha o sol, mesmo sem circo, especialmente quando o frio começa a difundir seus enregelados cinzentos.
Daí que tenha decidido gravar em video os jogos de logo, para oferecer o dos dragões ao Coronel e o das águias, também ao Coronel, mesmo quando aqui em casa não há video nem sequer Sport TV. Daí que, para se vingar, tenha remetido para toda a blogosfera a imagem supra de algumas das nossas doentes da cabeça.
É evidente que estou a gozar. Ainda há bocado fui visto e revisto, virado e revirado por um douto clínico que espreitou barulhos do pulmão e pesquisou a garganta e o ouvidinho, concluindo que tinha aquilo que ele não viu, um viruzinho, ainda sem companhia bacteriana. Mandou-me de molho para cobertores, "sprays" pr'á faringe e um qualquer genérico anti-inflamatório.
Por isso, agradeço à Patroa, que está mais doente do que eu, a dispensa obtida. Por outras palavras, amanhã não há pão para ninguém.
Daí que sugira a receita que ouvi nas conversas da clínica. A empregada do consultório, chamemos-lhe Dona Helena, que até era simpática e tudo, dialogava gastronomicamente com uma doente, meio africana, que sofrera um acidente de trabalho no restaurante da outra banda, onde é cozinheira, lamentando-se por não saber fazer lasanha. A cozinheira, que se dizia especialista na matéria, apenas lhe acrescentou que, agora, toda a lasanha que fazia já estava feita e congelada.
A Dona Helena, face à inesperada possibilidade de recolher a receita, apenas respondeu que, sendo assim, preferia continuar na feijoada e o no bacalhau com natas.
Por mim, que sonhava uma conversa de picantes para a garganta, resta-me o "spray" antiviral e o Aulin. E bem me apetecia uma sopa de legumes com feijão vermelho, como aquela que explica todos os nomadismos do Coronel. Se alguém me conseguir indicar uma qualquer empresa que faça entrega domiciliária dessas iguarias sopíferas, agradeço. Amanhã, não há entrega de pão. Comam a massa chinesa com que os governantes de Pequim presentearam o Sócras.

2 comentários:

Madalena Raimundo disse...

Eis se não quando, uma pessoa que está a trabalhar sogadita na sua casa com a TV ligada naquele canal que não posso divulgar, que é para não ser perturbada pela PUB., e vê-que afinal as doenças da garganta, que também têm direito à vida, não impedem o nosso Homem do Pão de dizer de sua justiça (e muito bem dita por sinal), mas isto não acaba aqui não, então não é que a Camisa é aquela Triple azul e aquela gravata fashion, porque isto já está estudado as mulheres reparam em tudo incluindo os modelitos.
Moral da história o Aulin faz mal ao coração e a distribuição do pão tem que ser mantida a Bébé vai imediatamente investigar restaurantes de comida tradicional com todas as iguarias que um nacionalista merece até breve, vai haver muito link à vai vai...

Anónimo disse...

Mais uma vez se prova que:

- O Homem do Pão não é quem diz ser.

- O Homem do Pão não veste o que diz vestir.

- O Homem do Pão estava informado sobre a qualidade do espectáculo que levou os doentes a sair de Casa.

A Governanta