segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Governo analisando o relatório da última junta médica que não teve direito a compaixão ministerial


Conforme pode ler-se num jornal do Norte profundo, a funcionária da Junta de Freguesia de Vitorino de Piães, em Ponte de Lima, teve de se apresentar ontem ao trabalho, por indicação dada, na sexta-feira passada, pela Caixa Geral de Aposentações. Na sede da Junta de Freguesia, Ana Maria Brandão limitou-se a ficar sentada numa cadeira, encostada à parede, juntamente com o seu pai, que a ajudou a deslocar-se para o local de trabalho - "ela não consegue andar mais de 20 metros sozinha", disse. Tudo começou numa operação mal sucedida a uma hérnia discal, em 1998, deixando para trás uma vida cheia. Foi criadora do grupo de folclore da freguesia, catequista e membro de um grupo coral.Hoje, tão-pouco consegue "lavar-se ou vestir-se sem ajuda", refere o relatório da sua médica de família. Por seu turno, um relatório do INC (Instituto de Neurocirurgia) de 22 de Janeiro, indica que se trata de uma situação "crónica, sem melhoria e que a incapacita para a sua actividade profissional". Um outro relatório da Clínica de Psiquiatria indica um "síndrome depressivo". Para os devidos efeitos, se junta fotografia do ilustre governo do país, analisando o relatório da última junta médica que não teve direito a atempada compaixão ministerial.

1 comentário:

Xana disse...

E esse caso foi denunciado, mas quantos e quantos por aí há que nunca passam dos consultórios onde é feita a avaliação! Recentemente fui presente a uma e enfim ... é ridiculo!